quinta-feira, 10 de março de 2011

Eu entraria na sua igreja?

Uma garota de 17 anos, bonita, usando uma micro saia branca e uma camisa amarrada pouco abaixo dos seios. Cabelo pela cintura solto esvoaçante. Bastante maquiagem. Vamos combinar que esta não é um roupa "apropriada" para ir à igreja, mas foi assim que eu entrei na primeira vez em uma igreja presbiteriana tradicional, como ela é conceituada hoje.

Ninguém veio correndo colocar panos para me cobrir. Me olharam nos olhos e me trataram como se eu fosse a mulher mais bem vestido naquele recinto. E foi exatamente isso que me fez permanecer e escolher aquele lugar para "plantar meu coração".


Lá estava eu pronta para um baile de Aleluia. Sábado de aleluia, alguém sabe o que é isso? É o dia que antecede à páscoa, onde é realizado um baile, estilo carnaval. Pois é, foi para este baile que o meu colega, tinha me convidado.

Mas antes de ir para o clube, ele me disse que tinhamos que passar na igreja porque "se comprometera"com a mãe de dar um beijo nela antes da folia. Abençoado beijo, abençoada mãe. O evento era uma vigília... imaginem, uma vigília...

Entramos, nos sentamos ao lado de D. Dalva e ali permanecemos. Lembro-me bem das apresentações do coral, da juventude, dos adolescentes... Meu colega já estava impaciente: "Vamos!", dizia ele e eu respondia "Só mais um pouquinho!", "Só mais um pouquinho!"... Resultado: saí de lá às seis da manhã.

Foi complicado explicar para os meus pais. Mas o fato de no domingo eu estar de volta para o culto ainda de manhã e de novo a noite, convenceu os dois que eu estivera realmente na igreja durante a noite.

No princípio eles tiveram que suportar minhas saias curtas, meus vestidos colados no corpo, minha excessiva maquiagem... mas nem uma palavra.... Fui sendo transformada de dentro para fora pela Palavra e em pouco tempo o meu exterior demonstrava o meu interior pela decência dos meu trajes. Foi lindo!!!!

Fica aqui a pergunta: SE EU ENTRASSE NA SUA IGREJA HOJE, COMO EU SERIA TRATADA? Você correria e me embrulharia em panos ou você me acolheria vendo não o que eu sou mas o que eu viria a ser... Pense nisso!

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