terça-feira, 15 de novembro de 2011

2012 - 2012 - 2012 - 2012

Vem mais um ano chegando por aí. Já há alguns meses as pessoas estão falando em planejamento, objetivos, projetos para serem realizados em 2012. Resolvi publicar meus projetos aqui, compartilhando-os com vocês. Assim, vocês me ajudam em oração e dependendo do projeto se unindo a ele, não é mesmo? Então mãos à obra, vamos a 2012.
Na área acadêmica:
- Continuar a faculdade de Pedagogia, me empenhando não apenas em realizar, mas em ser excelente.
- Conseguir fazer a graduação em Teologia no Mackenzie, fechando o ano com um ótimo TCC.
- Fazer os dois módulos da Capacitação em Educação por Princípios na AECEP - Ferramentas e Currículo - muito importante para o meu trabalho.
- Continuar o estudo do Inglês. Tenho muita leitura neste idioma à minha frente.
- Buscar aperfeiçoamento do hebraico e grego para dar aulas cada vez melhores.
Na área profissional:
- Trabalhar pelo desenvolvimento do Instituto Abba, concentrando o esforço de 2012 em fazer associados, uma vez que vamos trabalhar no modelo de Associação. Trabalhar para a implantação do EAD e na busca de novos professores. Em julho, a viagem para Israel, que o Senhor possa abençoar este projeto. Ah, a nova sede, é claro! Estão vendendo a casa onde o Abba funciona.
- Trabalhar pela associação de novas escolas à AECEP - Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios e por uma comunicação eficaz entre todos os níveis da ONG. Teremos um workshop em junho.
- Editar somente trabalhos com prazo e correlatos aos assuntos com os quais mais lido hoje: Teologia e Educação.
Na área ministerial:
- Continuar ministrando onde o Senhor me levar. A orientação é dEle não minha.
Na área familiar:
- Tirar férias em família. Que neste ano a viagem dos nossos sonhos se realize. E também precisamos nos mudar em 2012. Precisamos "daquela" casa.
Na área espiritual:
- Quero estar cada vez mais perto de Deus, aprender mais dEle e viver por Ele e para Ele. É um privilégio. Tempo de leitura, tempo devocional, tempo de aconselhamento, enfim tempo com o Senhor.
          É uma síntese mas é bastante coisa, muito trabalho e dedicação. Que a graça do Senhor em minha vida, permita a realização dos projetos com excelência. A Ele toda honra e toda a glória!

domingo, 23 de outubro de 2011

Graça, nada mais que graça...


Graça

Elizabeth Alves Pinto
Introdução

Vamos começar com uma ilustração:

“Uma prostituta veio falar comigo em terríveis dificuldades. Doente, sem lar, incapaz de comprar comida para si e para sua filha de dois anos, ela alugava a filha e por uma hora ganhava o que ela mesma ganhava numa noite inteira. Disse que tinha de fazê-lo para sustentar o vício das drogas.
Eu mal aguentava ouvir aquela sórdida história. Eu me sentia mal, legalmente responsável – tinha que denunciar este caso de abuso contra a criança. Mas naquele momento, eu não tinha idéia do que dizer àquela mulher. Tinha vontade de vomitar.
Finalmente, perguntei a ela se nunca tinha pensado em ir a uma igreja para pedir ajuda. Nunca me esqueci do olhar assustado que vi em seu rosto. “Igreja”! Ela exclamou. “Por que eu iria a uma igreja? Eu já me sinto terrível o suficiente. Eles vão fazer que eu me sinta ainda pior”

(Extraído do livro Maravilhosa Graça de Philip Yancey)

O que aprendemos com esse texto é que por pior que uma pessoa se sinta a respeito de si mesma, ela sempre procura por Deus como um refúgio.

Será que a igreja perdeu este dom?
O que aconteceu?

A resposta para estas perguntas está numa palavra chave. Tudo se desenrola a partir de uma palavra.

Com o passar do tempo, notamos que as palavras perdem o seu valor ou tem o seu valor transformado. Elas têm uma tendência a “se estragarem” com o tempo. Como carne deteriorada.

Os tradutores da versão King James usaram a palavra “caridade” para contemplar a mais elevada forma de amor. Atualmente, ouvimos o seguinte protesto de desdém: “Não quero a sua caridade”.

A palavra graça é uma grande palavra teológica que ainda não foi “estragada”. Procurando em todos os seus usos ainda conseguimos ver um pouco da glória original. Ela sustenta uma civilização orgulhosa, lembrando que as coisas boas não vêm de nossos próprios esforços e sim pela graça de Deus.

Vamos ver como usamos esta palavra: damos “graças” a Deus antes das refeições reconhecendo o sustento como presente de Deus; somos “gratos” pela bondade de alguém; sentimo-nos “gratificados” com boas notícias; “congratulados” quando temos sucesso; “graciosos” hospedando amigos. Quando uma pessoa nos serve bem, deixamos uma “gratificação”.

Os súditos britânicos chegam a chamar a realeza de “Sua Graça”. As editoras de revistas têm o hábito de “agraciar” assinantes com alguns exemplares a mais mesmo depois que a assinatura expirar. São “exemplares de graça”, enviados para me incentivar a continuar assinando a publicação.

São vários os usos da palavra. A “graça” é realmente surpreendente. Ela contém uma essência do evangelho como uma gota de água pode conter a imagem do sol. O mundo tem sede de graça em situações que nem reconhece. Para uma sociedade que parece estar à deriva, não há melhor lugar para lançar uma âncora de fé.

As grandes revoluções cristãs não vêm por causa de uma coisa que não era conhecida antes. Elas acontecem porque alguém aceita radicalmente uma coisa que sempre esteve aí. Estranhamente, descobrimos uma falta de graça dentro da “igreja”, uma “instituição” fundada para proclamar o “evangelho da graça de Deus”.

Um veterinário fica sabendo uma porção de coisas a respeito do dono de um cão – que ele não conhece – apenas olhando o animal. O que o mundo fica sabendo de Deus ao observar a igreja, os seguidores de Deus aqui na terra?

Quando buscamos as raízes da palavra graça no texto grego, descobrimos um verbo que significa “eu me regozijo, estou feliz”. A alegria e o regozijo não são as primeiras imagens que vêm à mente das pessoas quando pensam na “igreja”. Elas pensam em “santarrões”. Pensam na “igreja” com lugar para ir depois que tiverem endireitado as coisas, não antes. Pensam em moralidade, não em graça. Lembrem-se “Igreja!”, disse a prostituta, “por que eu iria lá? Eu já me sinto terrível! Eles vão me fazer sentir-me pior”.

Esta atitude vem parcialmente de um conceito deturpado, ou preconceito, dos de fora. Quando visitamos abrigos, asilos, hospícios e vários ministérios dirigidos por crentes cheios da graça podemos ver as bênçãos do Senhor em todos estes lugares. Mesmo assim, encontramos este ponto fraco na “igreja”, a falta de graça.

A graça está por toda parte, mas com que facilidade nós a ignoramos...

O testemunho de uma garota de 18 anos que saiu de casa para dançar a noite toda num baile de carnaval nos dá esperança. Vestida com uma micro saia e com uma blusa que mais parecia um soutiem ela foi convidada pelo seu acompanhante: “escuta, eu preciso dar uma passadinha na igreja da minha mãe. Eu prometi pra ela dar um alô antes de ir ao baile”. A garota nunca tinha adentrado numa igreja evangélica, mas como o rapaz disse que só levaria uns minutinhos, ela cedeu. Era uma vigília e a mãe do rapaz pediu que ficassem alguns minutos, fazendo companhia a ela. Os dois consentiram. Saíram daquela igreja ás 6 horas da manhã do outro dia! Sabe do que aquela garota lembra hoje, quase 30 anos depois? Que todos, sem exceção, olharam para ela como se estivesse vestida dos pés à cabeça. “Nunca fui tão bem tratada em toda a minha vida!”

Este é o óbvio que precisa ser radicalmente resgatado. A graça está por toda parte... A situação “correta” seria buscarem um paninho para tampar o corpo quase nu da garota. Mas, em vez disso, a acolheram com graça, favor imerecido.

Se procurarmos, cada um de nós tem vários relatos sobre graça para contar. Fica claro que é mais fácil transmitir graça do que explicá-la. E amados irmãos, o mundo não pode oferecer graça, a igreja pode.


Clique abaixo e leia mais...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Respostas

Eu me pergunto bastante se o que estou fazendo é o que Deus gostaria que eu estivesse fazendo de fato, em outras palavras, pergunto se o que faço é minha vontade apenas ou é a vontade dEle. E as perguntas sempre me levam até alguns textos bíblicos que são direção para as respostas.

Um deles é a carta que Paulo escreveu para os Colossenses, capítulo 1. Paulo ora pelos crentes em Colossos pedindo o seguinte:

que eles transbordassem do pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e inteligência para viver de modo digno (modelo do Senhor), para o inteiro agrade dEle, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus.

Não é possível transbordar do "pleno conhecimento da vontade de Deus", sem primeiro ter o conhecimento da vontade de Deus. E como se obtém o conhecimento da vontade de Deus senão na Sua Palavra, a Bíblia. E Paulo ali então falava de que conhecimento se não havia ainda a formação do cânon do Novo Testamento? É meus caros, ele falava do que chamamos de Antigo Testamento mesmo, das Escrituras que até aquele momento eram as que eles tinham e conheciam. Transbordar delas. Conhecer excessivamente.

Para assim, viver de modo digno do Senhor. Viver de modo digno do Senhor não é algo etéreo, não é algo que cada um tem uma receita, não. Temos a base, temos o fundamento, temos a Palavra de Deus.  E por falta de ler, meditar, ruminar cada texto bíblico ficamos como néscios, fazendo as coisas a torto e a direito. Há orientação para tudo nas Escrituras e uma vez que você estudado, meditado, essas verdades passam a fazer parte da sua vida.

Muitas pessoas acham mais fácil ir atrás de "gurus", recebem pronto de alguém que se debruçou sobre a Palavra, que gastou tempo na presença do Senhor. Será que é assim que Deus quer? Creio que não. Apenas neste texto que citei, você percebeu que a orientação é individual: é cada um. Conhecer é individual, transbordar neste conhecimento é individual, viver de modo digno é individual. Deus quer ter um relacionamento de amor com cada um de nós.

Por isso, sei que a cada pergunta minha, Ele tem uma resposta. Para cada situação Ele tem uma orientação.
Eu busco e acho. Eu bato e a porta se abre. Simples assim, como Ele é - Simples...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

À Disposição do Senhor

De 26 a 29 de abril participei do Congresso Internacional de Pastores e Esposas de Pastores realizado pela Igreja Batista da Lagoinha.

Escrevo este post para comentar alguns pontos que chamaram minha atenção. Eles precisam ser registrados.

O primeiro ponto refere-se ao nosso comportamento diante de situações de desespero, de perdas que poderíamos considerar irrecuperáveis. Com base no texto bíblico de 1 Samuel 30:1-20, vemos que Davi chegando de uma batalha, juntamente com seus homens, foi surpreendido com sua cidade destruída e sua família sequestrada, bem como a de seus homens. Uma situação terrível em que "ergueram a voz e choraram até não ter mais voz para chorar". Mas o que precisamos identificar aqui são as atitudes de Davi em tal situação. Davi identificou o inimigo; se reanimou no Senhor; buscou ouvir a orientação do Senhor; com base na orientação do Senhor lutou até recuperar tudo. Lembre-se: se é de carne e osso não é seu inimigo. Leiam o texto e pensem a respeito.

O segundo ponto que merece atenção é extraído de um texto bíblico muito lido e comentado: Mt 11:28-31. A religiosidade diz "vai e faz", Jesus disse "vinde". É como se ele estivesse dizendo "para tudo e fica na minha presença". Precisamos lançar foram algumas cargas como a culpa, a amargura, o medo, a cobrança, a ansiedade e a tendência ao isolamento e nos deleitar na presença do Senhor. Deixar o ativismo e investir tempo naquilo que o Senhor quer que façamos verdadeiramente. Corremos e nada acontece. Oramos  e  coisas acontecem.

Assim, agir em todas as situações, mesmo as mais desafiadoras, buscando a direção do Senhor e agindo conforme sua orientação e lançar fora todas as cargas, os pesos e nos deleitarmos na presença do Senhor são atitudes que precisamos adotar com constância na nossa vida.

Simples, mas muito, muito importante...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu... simples assim...

Minha igreja é a Igreja de Cristo sobre a face da terra.
Minha regra de fé e prática é a Palavra de Deus, as escrituras ou a Bíblia. A Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego com o pensamento judaico.
Por isso, quero aprender hebraico, aramaico e grego e também o modo de pensar judaico.
Jesus Cristo me resgatou, me deu vida, fez de mim uma nova criatura. Ele é meu Senhor e Salvador. Ele nasceu judeu, viveu como judeu e continua judeu. Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre.
Por isso, aprendo de como Jesus vivia, procuro entender a tradição em que foi educado e assim vai ficando mais clara cada palavra dele, podendo aplicá-la hoje com mais sabedoria.
Vivo pela fé, concedida a mim pela graça do Senhor Jesus.
Não aceito "não é bem assim" quando se trata da Palavra.
Penso muito antes de aceitar um "o que fulano ou beltrano diz a respeito disso ou daquilo", no que diz respeito à Palavra.
Respeito filósofos, teólogos, cientistas, etc. mas a palavra de Deus está acima deles, está acima de tudo.
Detesto a repetição do que se ouviu sem ter referências, o falar sem conhecimento. Se não sei prefiro ficar calada até ter uma posição a respeito.
Me dou o direito de mudar as minhas convicções, quando erradas, convertendo-as à Palavra de Deus. Estou em processo de aprendizado e santificação que só terminará com a volta de Jesus.
Não gosto de quando as pessoas são influenciáveis, levadas de um lado a outro, de uma posição para outra, de acordo com o que ouvem ou leem, não de acordo com a Palavra.
Não gosto dos criadores de contenda, discussão e divisão. Quem não ajunta, espalha.
Enfim, me coloco na mãos do Senhor. Que as palavras da minha boca, meditação do meu coração sejam agradáveis a Ele...
Amo minha família, a grande família de Deus espalhada pela face da terra... amo cada irmão...
É isso, resumidamente, simples assim...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Eu entraria na sua igreja?

Uma garota de 17 anos, bonita, usando uma micro saia branca e uma camisa amarrada pouco abaixo dos seios. Cabelo pela cintura solto esvoaçante. Bastante maquiagem. Vamos combinar que esta não é um roupa "apropriada" para ir à igreja, mas foi assim que eu entrei na primeira vez em uma igreja presbiteriana tradicional, como ela é conceituada hoje.

Ninguém veio correndo colocar panos para me cobrir. Me olharam nos olhos e me trataram como se eu fosse a mulher mais bem vestido naquele recinto. E foi exatamente isso que me fez permanecer e escolher aquele lugar para "plantar meu coração".


Lá estava eu pronta para um baile de Aleluia. Sábado de aleluia, alguém sabe o que é isso? É o dia que antecede à páscoa, onde é realizado um baile, estilo carnaval. Pois é, foi para este baile que o meu colega, tinha me convidado.

Mas antes de ir para o clube, ele me disse que tinhamos que passar na igreja porque "se comprometera"com a mãe de dar um beijo nela antes da folia. Abençoado beijo, abençoada mãe. O evento era uma vigília... imaginem, uma vigília...

Entramos, nos sentamos ao lado de D. Dalva e ali permanecemos. Lembro-me bem das apresentações do coral, da juventude, dos adolescentes... Meu colega já estava impaciente: "Vamos!", dizia ele e eu respondia "Só mais um pouquinho!", "Só mais um pouquinho!"... Resultado: saí de lá às seis da manhã.

Foi complicado explicar para os meus pais. Mas o fato de no domingo eu estar de volta para o culto ainda de manhã e de novo a noite, convenceu os dois que eu estivera realmente na igreja durante a noite.

No princípio eles tiveram que suportar minhas saias curtas, meus vestidos colados no corpo, minha excessiva maquiagem... mas nem uma palavra.... Fui sendo transformada de dentro para fora pela Palavra e em pouco tempo o meu exterior demonstrava o meu interior pela decência dos meu trajes. Foi lindo!!!!

Fica aqui a pergunta: SE EU ENTRASSE NA SUA IGREJA HOJE, COMO EU SERIA TRATADA? Você correria e me embrulharia em panos ou você me acolheria vendo não o que eu sou mas o que eu viria a ser... Pense nisso!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Eu quero ver a montanha...


Na foto acima, entre o homem e o chão há uma enorme distância. Ele precisou subir bem alto para conseguir visualizar uma montanha que queria muito ver mas do chão, onde estava antes, não conseguia. Esta subida exigiu dele esforço.

Muitas vezes precisamos tomar atitudes assim, mudar de posição para ver o novo, ver de forma diferente e até mesmo encontrar aquilo que há tanto tempo procuramos.

Até o momento de subir, ir para a direita ou para a esquerda, enfim mudar de lugar ou de direção, padecemos um bocado. Abrigamos dentro de nós um conflito, como se estivéssemos de pé, de braços abertos e alguém nos puxasse para a direita por um braço e outro alguém nos puxasse para a esquerda pelo outro braço. Dor, cansaço, fatiga.... 

Mas depois do primeiro passo, meio trôpego, é verdade, vem o segundo, o terceiro, aceleramos e ... corremos para o nosso alvo. Aí, já não há mais medo. Já sabemos onde vamos e o que nos espera. Sonhamos tanto...Tiramos um fardo de nossos ombros. Leves, livres...

Correndo sim, nos esforçando, sim, mas leves, livres e soltos... Comprometidos com onde chegar, sim, sem nos desviar, sim, mas felizes pelo caminho...

Eu tomei essa decisão. Espero que você também... Se não, não demore muito... Ver a "montanha vale a pena"!

Entregue a sua vida pra Jesus. Ele é o caminho, a verdade e a vida...

terça-feira, 8 de março de 2011

Lado "A" ou "B"? Eu fico com o "C"!

Depois de alguma observação, gostaria de ponderar sobre um assunto de extrema importância para nós, como seres relacionais que somos.
Gostaria de fazer algumas colocações sobre agir com "equilíbrio".
Um ponto importante para se obter equilíbrio é conhecer vários os pontos de vista existentes sobre o mesmo assunto. Ouvi de alguém que a verdade não está nem com A e nem está com B. Ela está no meio dos dois pontos, que podemos chamar de C.
Em outras palavras, em qualquer situação de discussão entre duas pessoas, antes de dizer que A ou B estão certos, que tal ouvir os dois e fazer um balanço da situação. Tenho certeza que aparecerá um ponto C para equilibrar nossa intervenção.
Se vejo apenas de um ponto de vista não vou ter uma posição equilibrada porque não ouvi o "outro lado da história".
Lembro também de uma psicóloga que me recomendou um livro, um livro infantil, mas valioso para nós adultos: "Tudo depende de onde se vê". É só fazer um teste básico. Suba no sofá da sua casa e faça uma descrição do ambiente, posicionando os objetos. Depois sente-se no chão da sua sala e faça o mesmo. Incrível, não é mesmo?
Fica o convite: vamos olhar os dois lados? Vamos nos colocar no lugar do outro? Quem sabe a gente não vai ter uma bela surpresa com o caminho que os relacionamento vão tomar....

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Tempo - Minha Opção


Elizabeth Alves Pinto

Recebi uma visita ontem. Grande amiga. Estávamos conversando sobre foco, e chegamos à conclusão que não dá pra ter tudo, principalmente devido ao conceito de tempo do sistema em vivemos hoje.

Ela foi embora e fiquei pensando: vivemos neste sistema mas não somos dele. Então, devemos viver em que escala de tempo, em que escala de realizações?

O dia tem 24 horas. Em muitos lugarejos, no interior de nosso país, a criação dá o tom do tempo. Acorda-se com o nascer do sol. O trabalho cessa no lusco-fusco. Aí tem o banho, a janta, os causos na varanda da casa, depois o descanso. Planta-se na primeira chuva. Colhe-se depois das chuvas. Há tempo pra uma visita, café e boa prosa.

Quanto mais "polis" mais difícil isso fica. Quanto mais "tecno" menos contato, abraço e sorrisos. Menos tempo? Mas o tempo não é o mesmo? 24 horas?

Chego à conclusão que não sabemos usar tudo o que temos à mão para ter mais momentos de qualidade, de prazer. Damos prioridade à lista de tarefas sem deixar espaço para uma caminhada na praça; olhar para o céu (a lua é tão linda!); entabular uma conversa com o vizinho, entre tantas coisas. Questão de prioridade!

Faço hoje o compromisso de dar mais atenção à minha família do que à minha caixa de e-mails. De dizer sim para a caminhada até a padaria, na companhia deles, no final da tarde para comprar o pão quentinho para o lanche. De prestar atenção à narrativa de como foi o final de semana do meu filho, mesmo que entrecortada em vários atos (ele conta uma coisa de cada vez...). Enfim, de prestar atenção aos que me cercam e amá-los, não perdendo a oportunidade da comunhão e da alegria que ela traz.

O tempo? O tempo do sistema? Passa para a linha de baixo, para o número dois ou três, ou até mais... quem sabe...